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Morte Espiritual e Moral na Cidade


Texto por: Gabriela Bevenuto | Fotografia: Taryn Elliott



Proclamando reconciliação a corações espiritualmente mortos.


A partir da Queda, a morte se tornou uma realidade sempre presente na existência humana. Desde o Éden, sabemos que abandonar a Deus produz separação entre nós e Aquele para quem fomos feitos. Um rastro de morte nos acompanha desde então, marcando a nossa vida neste mundo quebrado que anseia por redenção.

A falência física nos lembra da falência moral e espiritual. O pranto, o luto e a separação de entes queridos torna-se um lembrete da nossa condição de separação.


Nós não fomos feitos para a morte, não fomos feitos para o afastamento.

Miséria moral


Como crentes, tendemos a reclamar das consequências da miséria moral de nossa sociedade, resultado da Queda.


A luta pela legalização do aborto, a desvalorização da família, casos de estupro e corrupção, o abandono da fé. Esses e outros acontecimentos nos fazem bradar que vivemos em um mundo que deu as costas para Deus.


No entanto, devemos lembrar de que nós, os crentes, temos o ministério da reconciliação. Paulo nos diz isso em 2 Coríntios 5:18, 19: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”


Não somos os mocinhos que vivem em meio à uma sociedade de vilões. Somos aqueles que receberam vida do Bom doador, e somos chamados a proclamar as boas novas de salvação a um mundo destroçado pelo pecado e pela morte.

Profetas chorões


Em seu livro Morte na Cidade, Francis Schaeffer fala acerca da morte do homem moderno, cego em sua própria tolice. Na obra, Schaeffer nos lembra de Jeremias, o profeta chorão, que lamentou a perdição de Jerusalém.


A ideia do autor é que nossa apologética e proclamação do evangelho têm que ser permeadas por compaixão. Ele diz:


“Há em tudo isso um tempo para lágrimas. Não basta simplesmente dizer essas coisas friamente. Jeremias chorou, e nós temos que chorar pelo pobre mundo perdido, porque nós somos todos uma única espécie. Há, claro, um sentido no qual existem duas humanidades - uma salva, outra perdida. Mas a Bíblia também nos informa que há somente uma humanidade; todos nós temos um antepassado comum, e todos fomos feitos à imagem de Deus. Portanto, eu tenho de ter lágrimas pela minha espécie. Mas, com as lágrimas, a mensagem tem de ser inconfundível: que nossa cultura, que nosso país, que nossas igrejas pisotearam aquilo que Deus nos entregou, e consequentemente, todos eles estão sob julgamento de Deus.”


Do lado de cá, vivemos as consequências de nossa rebeldia contra Deus. Há morte na cidade: morte moral, espiritual e física.


Corações perdidos recebem o salário do pecado: a morte. Mas há boas novas de grande alegria acerca de alguém que triunfou sobre a morte! Em Cristo, recebem o dom gratuito que vem do Pai: a vida eterna.


Um dia, todo o rastro de morte será extirpado deste mundo.


 

Gabriela Bevenuto é estudante de jornalismo e criadora do Coram Deo Clube do Livro. Serve na Igreja Batista Maanaim em Fortaleza-CE.


 


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