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Domínio Próprio na Alimentação


Texto por: Roberta Nogueira | Fotografia: antoni-shkraba




Enquanto estava aqui na terra, Jesus nos deixou uma parábola sobre um senhor que, antes de fazer uma viagem, distribuiu alguns recursos entre os seus servos e pediu para que eles fizessem uma boa administração daqueles recursos.


Os dois primeiros fizeram um bom uso e conseguiram dobrar o que tinham recebido, mas o último ficou com medo e decidiu que enterrar aquele recurso seria a melhor opção.


Quando retornou e quis acertar as contas, o senhor forneceu honras e privilégios àqueles que conseguiram administrar bem o que foi entregue. Em contrapartida, o que fez uma má administração perdeu aquilo que lhe foi confiado, e foi jogado para as trevas.


Por muito tempo li esse texto e acreditei que ele estava falando somente sobre os talentos que eu tinha e sobre as coisas que eu tinha uma certa facilidade em fazer.


Até que um dia, eu me dei conta que estava negligenciando o principal recurso que tinha recebido, o único que me permitiria executar as outras atividades que eu tinha: o meu corpo.

Aí que comecei a perceber que diversas vezes negligenciamos os serviços por estarmos cansados demais, com a vida corrida demais, e até mesmo doentes demais.


A Bíblia nos mostra que o Senhor reconhece a nossa necessidade de comer (Mt 6:31-32) e a importância do prazer que a alimentação nos traz (Pv 24:14). Por meio dela desfrutamos da comunhão com os nossos irmãos, servimos a Ele no cuidado com os outros (Mt 25:40), anunciamos sua morte, e é com um banquete que Ele nos convida para celebrar quando chegarmos em casa!


É o mau uso dessa boa dádiva que muitas vezes faz com que sejamos maus mordomos do nosso corpo que é morada do próprio Deus.


Priorizamos o prazer acima de qualquer consequência e mesmo quando somos acometidos por algumas doenças endócrino-metabólicas, preferimos recorrer aos inúmeros medicamentos do que abrir mão da nossa pequena e açucarada fonte de alegria.

Mesmo que isso nos prive de estarmos ativos e funcionais no serviço do reino.


O Deus que criou nossas papilas gustativas, o nosso sistema de recompensas, e inúmeros alimentos gostosos, é o mesmo que nos pede moderação e diligência.

Quanto de moderação nós temos quando o que está em jogo é o nosso próprio ventre? Quanto de diligência há quando abrimos mão da nossa atividade física a fim de ficar mais tempo descansando no celular?


É através desse corpo carnal que trabalharemos no avanço do reino aqui na terra, e é desse recurso que Ele também vai nos pedir contas.


Nós temos sido bem sucedidos na tarefa de cuidar dele?


Essa não é uma tarefa fácil, mas também não pode ser negligenciada, mesmo sendo tão aceita socialmente.


Que nós tenhamos forças para andar na contramão e sigamos em busca da aprovação do Senhor que nos confiou esses recursos.


 

Roberta Nogueira é psicóloga, com formação em Obesidade e Emagrecimento. Esposa do Alex, membro da Igreja Batista Regular Maanaim e reside em Pacatuba, CE.



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