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Mitos Sobre o Comportamento Suicida

Texto por: Larissa Lima | Fotografia: Liza Summer



Estamos no Setembro Amarelo, a campanha conhecida por lutar pela prevenção ao suicídio. Quando se trata desse assunto, todo mundo costuma ter uma opinião própria. Algumas pessoas dizem que quem posta na internet que está “sem vontade de viver” ou até mesmo algo mais sério, como um plano suicida, só está querendo atenção.


É importante conhecer um pouco sobre o comportamento suicida se quisermos evitar que ele aconteça, principalmente com as pessoas que estão ao nosso redor.


“Cão que ladra, não morde.”


Algumas pessoas usam esse ditado para dizer que quem fala que vai cometer suicídio, não chega realmente a cometer. Isso é uma mentira. A maioria das pessoas que chega ao ato deu um jeito de avisar alguém, mesmo que de forma sutil, como um pedido de socorro.


Sim, é verdade que é uma tentativa de chamar atenção. Chamar atenção para o fato de que a pessoa está em sofrimento profundo ao ponto de querer tirar a própria vida e precisa urgentemente de ajuda. Portanto, da próxima vez que alguém der algum sinal, entenda realmente como um pedido de ajuda.


“A pessoa que pensa em suicídio precisa ter sua decisão respeitada.”


Os dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostram que a maioria das pessoas que pensa em suicídio sofre com algum transtorno mental. São pessoas que foram afetadas por um adoecimento da mente e precisam ser tratadas por profissionais da saúde. Quem pensa em tirar a própria vida não está em sã consciência.




“Falar sobre suicídio aumenta o risco.”


Não poderia estar mais longe da verdade. As campanhas, como o próprio Setembro Amarelo, as palestras de conscientização e os programas que visam promover a saúde mental diminuem muito o risco do suicídio. A população precisa de informação de forma simples e acessível. As pessoas precisam ser ouvidas e encontrar uma rede de apoio. Conhecendo alguns dos mitos, por exemplo, pode-se perceber que muitas pessoas tem uma visão errada sobre ideação suicida e suicídio. Se informar, ler sobre o assunto, conversar com profissionais é uma ótima forma de prevenção.


“Qualquer pessoa pode ajudar quem está com ideação suicida.”


É bem verdade que, quando as pessoas se sentem ouvidas e respeitadas, elas se sentem melhor. Conversar com um amigo ou com os pais pode ser bom, mas não é suficiente. Quando chega essa época do ano algumas pessoas se disponibilizam para conversar com quem pensa em suicídio, é louvável a tentativa de ajudar, mas é essencial entender que essas pessoas precisam de ajuda profissional e qualificada. Encaminhar para um psiquiatra ou psicólogo é sempre a melhor opção. São profissionais que tem conhecimento sobre o assunto e vão poder ajudar da melhor forma.


Se você é alguém que pretende ajudar e ser um ombro amigo, ajude ouvindo atentamente, mas deixe o trabalho pesado para os profissionais. Não se afaste da pessoa, mas some seu companheirismo e empatia ao cuidado qualificado de um psiquiatra ou psicólogo.


E se é alguém que precisa de ajuda, pode ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), o número é 188. Também deve procurar um profissional, como pontuado anteriormente.


Se permita duvidar da sua própria mente, se o que estiver rondando ela for o pensamento suicida. Busque ajuda. Converse com as pessoas. Não fique sozinho.


Sua vida importa e tem valor, muito além do sofrimento.

 

Larissa Lima é psicóloga, palestrante e produtora de conteúdo. Serve na Igreja Batista Maanaim em Fortaleza-CE.

 



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